Tecelagem Japy
A Grisotti Construtora que faz parte da história de Jundiaí há 35 anos, agora pode se orgulhar de participar ainda mais da vida desta cidade que tem em seu DNA o progresso e a industrialização.
Com muita dedicação e esmero a Grisotti Construtora em parceria com o arquiteto Eduardo Carlos Pereira, foram responsáveis pela restauração da antiga Tecelagem Japy, uma grande fábrica têxtil que teve seu início no desenvolvimento industrial jundiaiense que alterou para sempre a paisagem e a cultura da cidade.
Foi graças aos moradores que se organizaram e demonstraram seu desejo pela restauração, da prefeitura municipal de Jundiaí e da Grisotti Construtora em parceria com o arquiteto Eduardo Carlos Pereira, ganhador do prêmio IAB/SP de 2019, pelos projetos de restauro, que a cidade toda foi agraciada com a restauração desse pedaço físico do passado.
Desde o seu fechamento, muito se perdeu da Tecelagem Japy, mas a sua fachada e uma chaminé resistiram. Por muito tempo a fachada ficou lá, abandonada, mas em 2019 uma obra de restauração foi iniciada e a Grisotti Construtora foi a responsável em fazer a restauração deste patrimônio ajudando a preservar a memória da Cidade de Jundiaí.
A especialização da Grisotti na área de restauração foi essencial para poder entregar uma obra que respeitasse toda arquitetura original. As realizações de tarefas deste tipo devem ser feitas por empresas sérias e responsáveis.
“Realizar uma obra de restauração requer muito cuidado e detalhamento, não é apenas a parte material que deve ser refeita, mas sim a história que deve ser preservada para as próximas gerações.”
Guilherme Grisotti – Diretor
Preservar a Tecelagem Japy e tantas outras edificações industriais históricas de Jundiaí é muito importante para mantermos vivo na memória pois foi a partir da industrialização do início do século XX que a cidade se tornou um polo industrial que transformou a região toda não só economicamente como, também, mudanças sociais e culturais que vemos até hoje.
Um pouco de história
Convidamos, você leitor a conhecer mais sobre a história de mais de 100 anos que vai da inauguração da Tecelagem Japy, passando pelo saudoso Supermercado Disco de Jundiaí e até chegar na nossa parte, a restauração da fachada e da chaminé.
Jundiaí tornou-se logo uma cidade industrial. No começo do século XX as fábricas ocupavam na Vila Arens e Ponte São João. Entre as muitas fábricas de Jundiaí, que produziam os mais diversos bens estava a Tecelagem Japy, na Vila Arens, fundada em 1914 tendo como proprietário o Senador Lacerda Franco que hoje dá o nome a rua onde a fachada da Tecelagem Japy está.
Mas o que foi a Tecelagem Japy?
No início do século XX, Jundiaí era um polo ascendente de Industrialização e urbanismo. Fábricas das mais variadas áreas eram abertas no Centro e na Vila Arens. A cidade fervilhava de trabalhadores que se dedicavam à fabricação de alimentos, metalurgia, tecidos e até mesmo fósforos. E no meio dessas transformações econômicas e sociais o Senador Lacerda Franco, que hoje dá nome a rua em que sua fábrica ficava, inaugura em 1914 a Tecelagem Japy.
A tecelagem Japy foi um grande investimento do seu fundador, que já era um grande fazendeiro de café, mas com a visão voltada para o progresso e a industrialização. Ele era sócio de uma grande exportadora para a França.
A fábrica de tecidos e fios começou seus dias como um grande galpão construído em estilo inglês, com seus tijolos de barro maciço a vista e coberto por telhas francesas. Uma chaminé era o resultado de força motriz de toda a fábrica. Em seus tempos áureos a fábrica empregou mais de 600 funcionários.
Mas nem só de grandiosidade viveu a Tecelagem Japy, o século XX foi um período muito conturbado, a fábrica dava seus primeiros passos quando estoura a Primeira Grande Guerra, e os movimentos operários de 1917, a instabilidade política brasileira, Era Vargas, revolução constitucionalista de 1932, quebra da bolsa, Segunda Grande Guerra entre outros fatores. O Senador esteve a frente da fábrica até 1936, quando veio a falecer aos 82 anos. Com sua morte veio mais turbulência na administração da tecelagem que foi resolvida nos anos 1950 com a mudança de diretoria para J. J. Abdalla S/A e sofreu ampliação de produção para produtos agrícolas e alimentícios. A história como fábrica chegou ao fim nos anos 1970.
Na década de 1980 o espaço da Tecelagem Jundiaí passa a ser o Disco Gigante, um dos mais importantes supermercados de Jundiaí naquela década, era parte de uma rede carioca de supermercados Disco que foi pioneira em implementação do sistema norte americano de franquias de Supermercados no Brasil. Mas com a expansão desastrosa da rede em 1988 e a crise que se seguiu na Distribuidora de Comestíveis Disco S/A em 1989 a rede foi vendida para o grupo Paes Mendonça, inclusive em Jundiaí o Disco passa a ser Paes Mendonça, período que durou apenas 5 anos bem conturbados pela administração da rede e pelo momento econômico e político do Brasil.
Depois de 1995 veio a decadência do prédio, abandonado foi caindo aos pedaços e até teve grande parte da sua estrutura demolida. Em 2010 começaram as discussões sobre a restauração, mas apenas em 2019 o assunto foi concluído e se deu inícios das obras. A obra foi concluída em 2020 pela Grisotti Construtora em parceria com o talentosíssimo arquiteto Eduardo Carlos Pereira, que devolveu para Jundiaí um pedaço importante de sua identidade enraizada no progresso e industrialização.
Fontes:
fabrica_japy.pdf (iabsp.org.br)
Fachada da Fábrica Japy passa por processo de restauro – Jundiaqui
A FÁBRICA DE TECELAGEM JAPY: Cem anos de Desafios e resistência de um patrimônio jundiaiense (recantodasletras.com.br)
Distribuidora de Comestíveis Disco S.A. – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)